Roupa velha

Sabe aquela roupa velha, aquela camiseta, ou seja o  que for... que está tão velha que você não tem mais coragem de sair com ela para lado nenhum, mas não se desfaz dela?

Que naqueles dias que nada te acalenta, é ela que você procura para vestir, porque já sabe como vai ficar?  Que já tomou o formato de seu corpo, e de tão surrada, nem se faz sentir?  Aquela roupa que parece que faz parte de você?

Repare quando é que você procura por essa roupa?  Quando é que você tem vontade de vesti-la? Normalmente quando está por baixo, ou triste, ou desanimado, ou com vontade de sumir.

Essa é a energia dessa roupa, e você é apegada a ela como se fosse sua pele.

Atenção!  Muita atenção a isso!

Ela nada mais é do que sua zona de conforto. E nada é mais paralisante que nossa zona de conforto.

Incomoda, nos machuca, mas estamos tão acostumados a ela, que a abraçamos. 

Isso é ou não é loucura.

Já percebeu que quando está assim, jururu, até a comida que você tem vontade de comer é, se fosse música, grave?

Por que?

Porque o agudo te faz ter outra postura, você não pode ficar desleixada, te arriba, da mesma forma que uma roupa nova.  Ela no momento que você a veste seu astral muda. É um impulso, que sente, é diferente.

Se livre de tudo o que te traz a sensação de vencida, essa história de que, ah não me desfaço dessa roupa porque ela me acarinha, é um perigo.

Sai dessa. 

Roupa que te acarinha, é roupa que te faz mover, que te faz ter vontade, que te faz sentar direito no sofá.

Antigamente, em todas as famílias, antes do jantar se tomava banho e se arrumava para sentar-se a mesa de jantar com toda a família, ninguém sentava a mesa da forma que chegava da rua.

Esse hábito fazia com que as forças fossem revitalizadas.

Faça isso por você, desapegue do que te camufla.

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