O barulho do silêncio
A
oração indígena do Silêncio:
Sente-se
a beira do amanhecer, o sol nascerá para você.
Sente-se
a beira da noite, as estrelas brilharão
para você.
Sente-se
a beira do rio, o roxinol cantará pra você.
Sente-se
a beira do silêncio, Deus falará com você.
Avagana Daçui-rá
Quando
li essa oração foi como se tivesse sido banhada com uma paz imensa. Amo o barulho do silêncio, ele me restaura, me alimenta.
Sinto
necessidade do silêncio, e não só do silêncio externo, mas do interno. Quando me pego buscando o silêncio, percebo
como minha respiração está descompassada, como minha mente esta desfocada.
A
necessidade que tenho de silêncio é a mesma necessidade que tenho de
alimento. Faz parte do meu ser.
E
ouvindo, vendo, o que tem acontecido no mundo, tenho a sensação que está todo
mundo gritando.
Você
já sentiu isso?
Quando
o dia é muito corrido, como se o mundo fosse acabar amanhã, e você para por um
minuto, parece que gritou o dia todo, que gritaram o dia todo ao seu lado, mas
se perguntar à quem passou o dia com você se você gritou, ou se as
pessoas ao seu lado gritaram muito, é capaz da resposta ser não.
Mas
a cobrança, sua e das pessoas, das coisas, toma um vulto tão grande que a
sensação é que passou o dia todo no seu limite.
Mas
na realidade não foi só a sensação. As
vezes chegamos em casa e o esgotamento é tamanho que não conseguimos explicar o
porquê.
Te
digo, é falta do silêncio. Nosso ser,
precisa do silêncio, é quando ele introspecta, é quando ele pede para
recarregar. Fazendo uma analogia com a
máquina, é o óleo para lubrificar as engrenagens, é a bateria para recarregar.
E
nos esquivamos do silêncio como se fosse algo tão ruim.
Mas
ah...... se experimentar vai sentir, que nada é mais abrangente que o barulho
do silêncio.
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